Juju Fructuozo, Jaraguaense, formada pela Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, bailarina do Domingão do Faustão. Neste mês comemora os 30 anos.

Olá Juju, parabéns pelo seu aniversário. Saiba que é um prazer enorme tê-la, nesta edição de setembro de minha coluna.

Muitas pessoas falam que quando alguém consegue algo difícil é porque teve sorte. O que essas pessoas menos tiveram foi sorte, que é o seu caso. Hoje conheceremos um pouco de sua trajetória. Minha coluna é destinada a histórias de pessoas que fazem a diferença na vida de outras pessoas, ou, pessoas que tiveram grande superação na vida. É notável que você teve muita superação na vida. Foi em busca do seu sonho, que era trabalhar com dança.

Coach Liderança

Sandro Ferrari – Você estudou na Escola de Teatro Bolshoi no Brasil. Como foi o início de carreia com a dança?

Juliana Fructuozo – Sandro danço desde muito pequena. Na época da escola, com 14 anos já comecei a frequentar a SCAR (Sociedade Cultura Artística), aqui de Jaraguá. Considero que essa foi a primeira vez onde ganhei dinheiro com a dança, embora fosse apenas uma ajuda de custo. Lá, participei de uma companhia de dança contemporânea, me preparando exaustivamente para aulas e ensaios. Eu respirava dança tanto nos dias de semana, quanto aos sábados e domingos também.

Aos 16 anos, buscando aperfeiçoamento, fui à Curitiba para dançar na escola do Teatro Guaíra, ficando lá por um ano. Logo após, voltei para Jaraguá, iniciando uma Faculdade de Moda em paralelo às aulas no Bolshoi, em Joinville.

SF – Como foi seu começo no Bolshoi? 

JF – Fiz um teste, à época, para saber o nível em que me enquadrava, passando assim direto para o último ano do Balé Contemporâneo, modalidade que me agradava mais. Faço parte da primeira turma formada pelo Bolshoi no Brasil.

SF – Juju você sai de Jaraguá e vai para São Paulo. Como foram seus primeiros passos em São Paulo?

JF – Fui para São Paulo para buscar novas e maiores oportunidades no quesito Dança Contemporânea, uma vez que a cidade é referência para o cenário nacional. Ao chegar, porém, o começo foi tempestuoso, porque eu pouco tinha, e precisava ainda achar um lugar para morar e passar em testes. Assim, parei em um pensionato onde já moravam algumas pessoas que eu conhecia. Fiz então um teste para a Malosá Estúdio de Dança, sendo aceita com bolsa integral. Comecei assim meus estudos na cidade, todos os dias religiosamente das 14h às 22h. Apesar de ser puxado, eu sabia que era aquilo que eu queria, e precisava estar preparada.

SF – Juju nessa época você só estudava?

JF – Não, o custo para viver em São Paulo é absurdamente maior do que o custo aqui do Sul, portanto comecei fazendo trabalhos sazonais onde precisavam de bailarinas. Com o passar do tempo, conheci uma cubana que trabalhava para o cantor Daniel, integrando o balé de seus shows. Essa cubana me convidou para uma audição para a nova formação desse balé, audição na qual fui escolhida para fazer parte da nova comitiva. Assim, passei a viajar pelo Brasil inteiro acompanhando os Shows do Daniel e sua produção. Essa foi minha entrada profissional no mercado da dança, que, embora não tivesse sido no contemporâneo (conforme havia planejado ao sair de Santa Catarina), abriu as portas para a minha carreira e por isso sou muito grata a esta oportunidade.

SF – E depois que entrou para o Balé do Daniel, Juju?

JF – Como os shows eram predominantemente aos finais de semana, continuei frequentando às aulas durante os outros dias da semana. Após um tempo com o Daniel, aceitei um novo desafio que foi trocar de produção, passando a integrar o Balé do cantor Leonardo, onde fiquei por um ano e meio, até ser contratada pela emissora Record, para fazer o Programa da Sabrina, exibido semanalmente aos sábados.

SF – Como você entrou no Programa Domingão do Faustão?

JF – Através de uma amiga, fiquei sabendo que haveria uma audição para novas bailarinas do Domingão do Faustão. Corri para me inscrever no processo, que durou aproximadamente um mês, entre me inscrever e receber a feliz notícia que havia sido uma das escolhidas. O domingão é uma referência para a televisão e entretenimento Brasileiro, é uma emissora fantástica de se trabalhar e que me abriu muitas portas.

SF – Como foi ter participado do quadro “Dança dos Famosos”?

JF – Foi um trabalho incrível. Em 2016 fui selecionada para fazer parte do Dança dos Famosos, fazendo par com o cantor Nego do Borel. Sempre temos a expectativa, porém com um corpo de balé tão qualificado, é realmente uma concorrência muito forte. Na hora da escolha fiquei estática e muito feliz! Profissional e pessoalmente, é uma experiência única e incrível. Ainda me arrepio quando me lembro da adrenalina de entrar e dançar ao vivo para o Brasil inteiro.

SF – Juju sou muito grato pela sua entrevista. Qual a mensagem que você deixa para nossos leitores, principalmente as meninas e meninos, que tem o sonho, como você teve, de viver da dança?

JF– Sandro, a mensagem que eu deixo é para essas pessoas nunca desistam dos seus sonhos, mas por outro lado não esperem as coisas acontecerem por si só. Você, assim como seus projetos e realizações, serão o resultado do quanto você se empenha e se esforça para concretizar algo, e que embora seus sonhos se pareçam distantes ou inalcançáveis,  são o trabalho e estudo diários que te farão evoluir para que chegue aonde você quiser chegar.

 

Publicado por

Sandro Ferrari

Coach, Consultor e Pesquisador. Mestre em Administração.Especialista no desenvolvimento de líderes. Minha missão é desenvolver profissionais para que gerem melhores resultados.